Esses insetos normalmente invadem as cidades de interior no período da primavera, pois após passarem quase o ano inteiro em fase de larva, eles finalmente atingem a fase adulta no fim da estação seca e no início do período de chuvas. Os adultos, então, saem para se reproduzir e são atraídos pelas luzes das cidades. O interior é mais atingido pelos besouros porque as áreas rurais estão mais próximas das zonas urbanas. Nas matas, plantações e pastagens eles encontram maior oferta de alimentos e local para depositarem seus ovos.
O besouro é um inseto e tem um importante papel na natureza, porém quando sai do seu habitat, se torna uma praga nos centros urbanos, invadindo casas e empresas. Em bando causam incômodo, sujeira e algumas espécies até devoram plantas. Além disso, nossos animais de estimação acabam querendo consumi-los e, até mesmo crianças querem pegar o inseto, exigindo maior supervisão e cuidado.
Mas há um perigo ainda maior: o barbeiro. Um besouro de hábito noturno que, ao picar o ser humano para alimentar-se de sangue, deposita fezes infectadas com protozoários e transmite a doença de Chagas, que também pode ser contraída pela ingestão de alimentos contaminados com suas fezes ou, por transfusão de sangue contaminado. Em uma ou duas semanas (5 a 14 dias) a pessoa apresenta febre alta e inchaço no corpo, mas os sintomas da fase crônica podem levar de 20 a 40 anos para aparecer, causando febre, mal-estar, inflamação dos gânglios linfáticos, e hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e baço).
Pode ocorrer também o chagoma, que é uma inflamação no local onde o parasita penetrou. As lesões cardíacas – aumento do volume do coração, alterações do ritmo de contração – são mais comuns na fase crônica sintomática da doença. Pode ocorrer também comprometimento das meninges e do cérebro do paciente. No Brasil, em adultos de 30 a 60 anos, as complicações no coração dos portadores da Doença de Chagas, é uma causa de morte frequente e também está relacionada ao aumento do número de implantes de marca-passo e transplante de coração (quando a contaminação acontece por transfusão de sangue e os sintomas iniciais demoram de 30 a 40 dias para aparecer, em vez de 5 a 14 quando diretamente pela picada ou ingestão).
Existe tratamento com o uso do benzonidazol. Este medicamento é distribuído pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em casos agudos e crônicos. Contudo, ainda não há garantias na eficácia total do tratamento. Para retardar a evolução da doença é muito importante uma boa alimentação e um acompanhamento médico constante. O diagnóstico é realizado com a visualização do parasita no sangue. Pode ser utilizada também a detecção de anticorpos no soro (imunofluorescência indireta, hemaglutinação indireta e teste de Elisa que detecta enzimas). Existem também testes moleculares que podem ser utilizados para a confirmação da doença em qualquer fase.
A prevenção da doença baseia-se principalmente em medidas de controle ao "barbeiro", impedindo a sua proliferação nas moradias e em seus arredores. As atividades de educação em saúde devem estar inseridas em todas as ações de controle, bem como, as medidas a serem tomadas pela população local, tais como:
- melhorar a habitação, através de reboco e tamponamento de rachaduras e frestas; usar telas em portas e janelas;
- impedir a permanência de animais como cão, gato, macaco e outros no interior da casa; evitar montes de lenhas, telhas ou outros entulhos no interior e arredores da casa; construir galinheiro, paiol, tulha, chiqueiro, depósitos, afastados das casas e mantê-los limpos; - retirar ninhos de pássaros dos beirais das casas; - manter limpeza periódica nas casas e em seus arredores; - difundir junto aos amigos, parentes, vizinhos, os conhecimentos básicos sobre a doença, vetor e sobre as medidas preventivas; - encaminhar os insetos suspeitos de serem "barbeiros" para o serviço de saúde mais próximo.
Para os besouros comuns, é realizado um trabalho para controlar a quantidade e evitar novas infestações. No caso do barbeiro, é necessário um trabalho mais intenso para prevenir qualquer inseto e evitar o perigo de transmissão da doença.
Para um trabalho efetivo e profissional de controle de pragas, chame a Gaspragas.
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administrativo@gaspragas.com.br 47.3332-2804 47.8431-8763
Fontes de pesquisa:
http://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/insetos-transmissores-de-doencas (site interessante para diversos insetos)
https://www.infoescola.com/doencas/doenca-de-chagas/
https://super.abril.com.br/blog/oraculo/por-que-os-besouros-invadem-as-cidades-do-interior-na-primavera/#
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/77chagas.html